sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Psicóloga nega que tenha orientado pai a amarrar Joanna com fita crepe

Ela deu entrevista por telefone ao programa Mais Você.
Pai confessou que amarrou a filha, por orientação médica.


A psicóloga que atendeu a menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, Lilian Araújo Paiva, desmentiu que tenha dado orientações ao pai da criança, André Marins, para que ele a amarrasse com fita crepe e a deixasse no chão. Lilian deu uma entrevista por telefone ao programaMais Você, na manhã desta sexta-feira (8).

Joanna morreu no dia 13 de agosto, depois de ficar mais de 20 dias em coma. Segundo um laudo do Instituto Médico Legal (IML), ela estava com meningite. A menina também apresentava marcas nas nádegas e manchas roxas em outras partes do corpo, mas o documento foi inconclusivo em relação a isso, sugerindo que as marcas poderiam ter sido causadas por queimaduras de ação térmica ou química. A mãe da menina, Cristiane Marcenal, acusa André de ser o autor das marcas, que segundo ela, seriam de maus-tratos.

O pai da menina falou sobre a morte da filha na quinta-feira (7). Em coletiva para a imprensa, André Marins confirmou que amarrou as mãos da filha com fita crepe. A informação foi dada à polícia por uma babá que cuidou da menina na casa dele.

Segundo ele, a medida foi tomada por orientação de uma psicóloga porque a filha sofria de “terror noturno” e tinha um sono muito agitado e com transtornos motores.

Menina chegou a desmaiar, segundo psicóloga
A psicóloga desmentiu o pai: “De forma nenhuma eu falei que ele amarrasse as mãos, ou que as mãos tivessem que ficar presas da forma como ele mostrou ali. A questão da luvinha, ele me perguntou se eu poderia fazer durante a noite, enquanto ela estivesse dormindo, e eu falei que se ela estava se machucando, pra ele colocar a luvinha. Mas de forma nenhuma de amarrar a criança. Nunca orientaria isso. Isso não foi orientado em momento algum do atendimento de Joanna. Isso não aconteceu.”

Ela contou que nas três primeiras consultas que fez a Joanna a menina estava bem, mas que nas últimas duas o estado da menina não era bom.As três primeiras vezes que eu conversei com Joanna ela estava bem. Estava fisicamente bem, não estava magra, acabada, não estava doente. Estava bem. Os três primeiros atendimentos foram para gente criar um vínculo, eu estava explicando para ela o que era terapia, o que ia ser feito. Inclusive ela me falou que já tinha feito, que gostava. Então os três atendimentos iniciais eu estava criando um vínculo com a Joanna. Para que ela me conhecesse, para que eu a conhecesse. Então os dois últimos atendimentos a Joanna já estava bem debilitada. Aí sim ela já estava machucada, estava doente”, disse Lilian.

A psicóloga também contou um episódio em que a menina desmaiou em casa: “Eles me chamaram para ir a casa deles num dia, porque ela estava vomitando, desmaiando. E nesse dia ela estava muito debilitada, e ela estava querendo somente colo. Esses dois últimos atendimentos ela pedia colo e me pediu que eu desse carinho nela e ficasse com ela no colo. E foi o que eu fiz, nos dois últimos atendimentos eu dei colo e dei carinho, eu acho que era o que ela estava precisando mesmo.”

E disse como foi a última consulta que deu a Joanna, antes de a menina ser internada: “Nós não conseguimos aprofundar a nossa conversa. Ela realmente se demonstrava triste, também acredito que por toda a história dela de vida, do litígio dos pais, dessa separação abrupta da mãe. Então acredito que ela estivesse triste por isso, mas em momento nenhum ela verbalizou o sentimento dela, o que ela estava sentindo, em nenhum momento ela verbalizou.”

“Ela chegou no dia 16 de julho eu coloquei uma música de relaxamento e pedi a ela que ficasse deitadinha, que fechasse os olhos e tentei fazer um relaxamento. E ela falou ‘eu estou com muita dor de cabeça, deixa eu ficar no seu colinho?’ E nesse dia eu fiquei só com ela no colo e falei ‘tudo bem, então. Vou ficar fazendo um carinho em você.’” E eu fiquei com ela no colo o período inteiro da sessão. Foi no colo e fazendo carinho nela.”

A produção do programa Mais você tentou entrar em contato com o advogado do pai, mas não conseguiu falar com ele.

2 comentários:

  1. PORQUE AO OBSERVAR QUE A CRIANÇA ESTAVA DEBILITADA ESTA PSICÓLOGA NÃO ACIONOU O CONSELHO TUTELAR

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  2. Eu trabalho com crianças em um consultorio pediatrico,e estou fazendo pedagogia onde estudo para ser psicopedagoga,pelo meu conheçimento eu acredito que está profissional,não estava sabendo separar seu trabalho profissional,por que como psicologa ela percebendo os maus tratos a uma criança inocente de 5 anos que a criança estava debilitada com dores de cabeça ela deveria ter tomado atitudes,humanas eu diria no caso,como uma mulher dessa possa ser chamada de psicologa ela simplesmente foi mais uma cumplise desse caso desses dois animal andré marins e vanessa a madrastra da criança.
    Esse pai contratou essa mulher para fazer com que a criança esqueçe sua mãe e essa psicologa que me desculpe em nenhum momento ela seguiu a ética e não foi humana!

    Juliane Trentino
    juliane_trentino@uol.com.br

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