quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O horror de Joanna

A primeira grande prova da culpa de André Marins veio da própria Joanna, nos seus últimos dias de vida.

Relembrando os acontecimentos, uma pessoa que se identificou como amiga de André ligou para Cristiane Marcenal, para lhe avisar que sua filha estava em estado gravíssimo no hospital e esta pessoa, sensibilizada, não achava justo a mãe sequer ter ciência desta situação.

Desesperada, Cristiane foi para o Rio e ficou ao lado da filha no leito do hospital até que o pior aconteceu, Joanna não resistiu e acabou por falecer.

Durante a internação de Joanna, Cristiane, após perceber no corpo da filha várias lesões que não condiziam com a suposta doença que os médicos alegavam que ela teria, entrou com o pedido de suspensão da guarda para que André não visitasse mais Joanna.


A principio a Dra Claudia suspendeu a guarda, porém voltou atrás em sua decisão, amparada pela promotora Dra Elisa Pitaro, e autorizou novamente as visitas de André.


Sendo assim, ficou definido que cada familia teria direito de visitar Joanna no hospital em dias alternados. Nos dias em que a familia materna tinha direito de visitação, mãe, padrasto, avó e amigos se revezavam o tempo todo com Joanna. Nos dias que a familia paterna tinha a visitação, as vezes aparecia alguém durante uns minutos. O pai continuava trabalhando e frequentando as aulas no EMERJ (escola preparatória para pessoas que pretendem prestar concurso para juiz). Nestes dias a familia materna fazia plantão na calçada em frente ao hospital, à espera de notícias.

Detalhe sórdido é que a promotora Elisa Pitaro, a mesma que opinou pela reversão da guarda para André e pela manutenção do direito de visitação quando Joanna estava internada no hospital, era professora dele no EMERJ, fato que, por lei, a impediria de atuar no processo, pois conhecia uma das partes. Esta mesma promotora foi denunciada por colegas de curso de Andre que relataram que durante as aulas elas falavam mal da mãe de Joanna e denunciaram que ela orientava a forma como André e seu advogado deveriam agir no processo.


Pois bem, foi durante uma destas raras e rápidas visitas de André à filha que estava hospitalizada que Joanna deu provas para sua mãe da culpa do pai. Quando o pai de aproximou dela naquela noite, a menina, que estava em quadro estável, teve uma súbita parada cardíaca. Provavelmente o horror de relembrar tudo o que o pai/carrasco havia feito lhe causou tamanho desespero ao ponto de seu coraçãozinho não suportar.

Cópia do prontuário médico daquela noite


Após esta ocorrência, Cristiane Marcenal passou a ter certeza de que a hipótese que ninguém queria que fosse verdade estava se materializando: o pai de Joanna a havia torturado e matado.

Agora, deixo para vocês o recado da mãe de Joanna:

Eu imploro a vocês que estejam no dia 10/01 na audiência ,às 12h e que assinem ,por favor e repassem este abaixo assinado.Tenham misericórdia do grito de socorro de minha filha que não foi ouvido porque decidiram que ela deveria morrer!

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N4961

8 comentários:

  1. Cristiane,

    Onde será feita essa audiência??? Nos informe por favor e fique com Deus!

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  2. Impressionanete,não???E este povo todo aí,que de uma forma ou de outra contribuiu para que o caso tomasse as proproções trágicas que tomou,continua livre,lépido,nem indiciados foram aqueles que deram uma "mãozinha"pra que a vida de Joanna se fosse,cedo demais!!Será que esta gente toda consegue dormir com a consciência lhe apontando o dedo??
    Esta gente precisa pagar,sim,junto com André Marins,a sua cota de responsabilidade pela morte de Joanna,inclusive a sra.prmotora Elisa Pitaro!!!

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  3. Infelizmente moro em outro estado, não poderei comparecer, mas estarei rezando.
    Assinei a petição e divulguei.
    Que Deus olhe por todos.

    Evany

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  4. Bom dia Cristiane,

    Sou pesquisadora, com artigos voltados para a defesa de crianças e adolescentes, e estou terminando minha dissertação de mestrado sobre o assunto alienação parental e percebí que os contornos não estão bem definidos para que o judiciário e como prova de minha tese está o caso da pequena Joana (infelizmente). Como sei de sua tentativa de coibir que outras crianças seja vitimas como sua filha me senti a vontade de lhe enviar esta para solicitar, se possivel for, cópias desde a sentença até o laudo psico-social, para que de alguma possamos conseguir emitir os parametros necessarios para não mais haver a incidencia de casos como de: Isabella, Joana, pedrinho e outros mais anonimos deste país.

    Grata

    danielegdemoura@hotmail.com

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  5. Até quando ainda vamos testemunhar tanta idiotice de pessoas que deveriam estar aptas a proteger os direitos da sociedade, e ao invés disso cometem absurdos como esses? Como o de uma promotora agir em causa própria, por conhecer uma das pessoas envolvidas no processo, e que através desse ato, acabou resultando na morte prematura de uma criança, por quem deveria amá-la e protegê-la? Fica claro que o Pai da menina só se preocupava com a disputa judicial, e se não pretendia cuidar da menina, porque fez questão de ficar com ela?
    Quantas mais ainda serão vítimas da negligência e da ignorância social?
    E esse pai que pelo visto queria ser Juiz, será que ela ainda vai ser solto e um dia se tornar um juíz corrupto? Pois se fez o que fez com a própria filha, como ele julgaria casos semelhantes? Qtas Crianças ainda serão lançadas pelas janelas? Quantas meninas serão mortas pelos ex-namorados? Quantas mulheres serão mortas pelos ex-maridos? Quantos jovens serão mortos pelos excessos de alguns policiais?
    Ou muda tudo no código penal, ou o Brasil caminha cada vez mais pra uma triste realidade, de que aqui a Justiça além de lenta, acoberta alguns favorecidos, e vamos ver muitos desses crimes ai, serem cada vez mais comuns.

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  6. Cristiane

    Infelizmente a justiça no Brasil é uma vergonha!!! Os responsáveis pela morte da sua filha, deveriam estar na cadeia.
    Peço a Deus que te abençoe e dê forças para aliviar sua dor.
    Abraços

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  7. que horror,sem comentario!!!!!!!!!!!!!!!

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  8. Sabado, 05 de novembro de 2011.

    Boa tarde!

    Meu nome é Ingrid, e estou no terceiro ano da faculdade de direito. Este semestre tivemos como tarefa fazer um trabalho sobre algum caso verídico, e o meu grupo escolheu o Caso da menina Joanna.
    Estaremos apresentando este trabalho no dia 17/11/2011, o que será uma enorme homenagem a ela.
    Diante disso, aqui fica a minha homenagem.
    JUSTIÇA SEMPRE

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