sexta-feira, 15 de outubro de 2010

“Não sou monstro, não sou Nardoni. Lutei por minha filha até o fim”, diz o pai da menina Joanna

Investigado no inquérito que apura a morte da própria filha, Joanna, o técnico judiciário carioca André Rodrigues Marins, de 40 anos, tem preferido ficar em silêncio. Ele tinha a guarda da menina, de 5 anos, durante seus últimos meses de vida. Em julho, ela apresentava vômitos e convulsões e foi levada por ele a um hospital do Recreio dos Bandeirantes. Numa delas, foi atendida por um falso médico (estudante) e acabou entrando em coma no dia 19 daquele mês. Foi quando observaram marcas no corpo de Joanna: manchas nas nádegas e alguns ferimentos no corpo. Em 13 de agosto, Joanna morreu. O laudo do Instituto Médico Legal apontou para a morte por meningite causada por herpes. E concluiu que as lesões teriam sido causadas por substância química ou ação física. André Marins aguarda o resultado do inquérito, feito pela Delegacia da Criança e do Adolescentes Vítima (DCAV). E acredita que não será indiciado por maus-tratos.

Esta semana, André nos entregou um CD com documentos que serviriam para sua defesa. Entre eles, atestados que mostram que Joanna utilizou remédios neurológicos por bastante tempo. Ouvimos a neurologista da menina, Ana Paula Lemos Fernandes, que confirmou o uso dos medicamentos, utilizados, segundo ela, de 2005 até janeiro de 2008, por causa de um distúrbio chamado terror noturno (quando, durante o sono, a criança se agita, grita e chora). Em um dos atestados, a médica diz que Joanna apresentava comportamento “acuado” e tinha “mutismo social” e “depressão”, receitando fluoxetina, para “melhorar o humor”. 

Respondendo a algumas perguntas por email, André disse acreditar que as convulsões que a filha apresentou nos últimos dias em sua casa – que seriam responsáveis por parte das manchas em seu corpo e pequenos arranhões no rosto -  seriam resultado da falta desses remédios.

Em suas respostas, o pai de Joanna diz que a reversão da guarda foi uma medida urgente da Justiça, visto que a mãe sempre dava um jeito de afastá-lo da filha. Enumerou sete endereços que a mãe de Joanna teve em cinco anos – e afirmou que, quando ela se mudava, não lhe informava o novo destino. 

Tivemos acesso ao relatório da Justiça, de maio deste ano, que determinou a inversão provisória da guarda por 90 dias – sem que a mãe pudesse ver a menina neste período. Assinado por psicólogas e encampado pela juiza Claudia Vieira, da 1a Vara de Família de Nova Iguaçu, a avaliação diz que Cristiane, a mãe de Joanna, era alienadora, “obsessiva” e chegou a dar a entender à menina que o pai havia morrido, respondendo a uma pergunta de Joanna sobre sua longa ausência. O relatório fala de várias brigas, algumas públicas, envolvendo vizinhos, que foram presenciadas por Joanna. E diz que a menina sofria “violência psicológica ocasionada pela ferocidade do litígio dos pais”.

Em 2007, André Marins foi afastado da filha por um ano, devido a uma denúncia de maus-tratos feita pela mãe. Joanna teria chegado em casa com a roupa rasgada e uma mancha roxa nas costas. De acordo com o relatório, Joanna disse às psicólogas que havia caído na casa do pai, quando tomava banho com uma das irmãs menores. E teria dito, segundo as psicólogas, que a mãe havia rasgado sua calça. Após entrevistar os genitores, padrastos e avós maternos e paternos de Joanna, a conclusão foi de que Cristiane se enquadrava em 9 de 10 quesitos na escala internacional de alienação parental (que significa a tentativa de afastar física e emocionalmente a criança do pai ou da mãe, nos casos de pais separados). O argumento para separar mãe e filha foi que a inversão seria a única maneira de restabelecer convívio de Joanna com o pai. No relatório, estão anexados dezenas de registros de ocorrência policial e mandados de busca e apreensão expedidos para possibilitar que André Marins buscasse a filha.

Em entrevista ao 7×7 na última segunda-feira, dia 11, Cristiane Marcenal, a mãe de Joanna, disse que não tem dúvidas de que a filha foi maltratada pelo pai, especialmente depois do laudo e do depoimento da psicóloga que a acompanhou nos últimos dias de vida. 

Agora entrevistamos André Marins, que respondeu a algumas perguntas por email e enviou fotos recentes da filha:


O que aconteceu com Joanna nos últimos dias em que esteve com você?

Ela estava feliz e se adaptando, aos poucos. Mas no começo de julho apresentou vômitos e dor de cabeça. Depois começou a ter pequenas convulsões. Se batia muito, principalmente à noite. Levei na pediatria do Riomar, que é um ótimo hospital. Numa das vezes, um psiquiatra de lá, Bruno, perguntou se ela tomava remédios de uso controlado. Eu disse que, se usava, eu não tinha sido avisado disso quando a peguei, um mês e meio antes. Ele disse que parecia um problema neurológico. Só depois vim a saber que ela um remédio, o Neuleptil, por muito tempo, porque tinha terror noturno. Mas não fui avisado pela mãe dela. As machas que ela tinha eram causadas por essas batidas do corpo, principalmente dormindo.

Por que ela estava dormindo com as mãos presas por fita crepe?

A fita crepe nas mãos era usada porque ela estava se arranhando toda enquanto dormia. E se batia, batia nas coisas em volta. Naquele dia em que a empregada a viu no chão e disse que ela estava sendo maltratada, aconteceu o seguinte: ela estava usando fralda para dormir, porque estava fazendo xixi e cocô nas calças – que depois eu vim a saber que tinha causa neurológica, a falta de controle do esfíncter. Naquela manhã, quando a diarista chegou (ela jamais foi babá na minha casa), Joanna tinha pedido para dormir mais um pouco e eu preferi que ela ficasse no tapete do quarto das minhas filhas, um tapete felpudo, ela não estava no chão gelado. A deixei no chão porque tinha medo que ela se mexesse muito, como vinha fazendo à noite, e caísse da cama. Como pensei que ela não faria mais cocô nas calças, porque tinha limpado de manhã cedo, a deixei só de short. Mas ela fez. E foi isso que a empregada viu. Comentou comigo e eu disse a ela: pode deixar que eu limpo.
 






 http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2010/10/15/nao-sou-monstro-nao-sou-nardoni-lutei-por-minha-filha-ate-o-fim-diz-o-pai-da-menina-joanna/

 















7 comentários:

  1. o papai torturador não sabe o que fala se ele mesmo dez que tem documentos que a menina tomava remedio até 2008 a mãe não tinha que informar nada pois ela já não tomava a dois anos.

    esse cara tá de brincadeira não será mais nardoni será agora MARINS os casos de mautrato e vtortura de crianças pelos pais, SEUS MARINS

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  2. O delegado Luiz Henrique Pereira explicou que durante as investigações ficou comprovado que a criança sofria maus tratos constantes. Ele encontrou fortes indícios de que o pai a torturava.

    CADEIA JÁ

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  3. Espanca mulher, tortura criança até a morte. Premeditou tudo, disse a menina que ela não mais voltaria para a mãe, ela sabia que estava condenada. Prisão é muito pouco para todos os que protagonizaram esse crime bárbaro, incluindo as doutoras.

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  4. Que absurdo ele ainda se fez de vítima!!! Coitadinho!!!... Esse assassino infeliz não merece família! O que ele merece é ser internado, e já está, fedendo e apodrecendo na CADEIA!!! Isso se os presos que lá estão não se revoltarem com ele e... derem um jeitinho melhor nele!!! Você lutou por sua filha sim... Lutou até o FIM DELA!!! Até dar cabo dela seu MONSTRO!!! Uma criança que afirma que o "papai é mau" JAMAIS estaria feliz e muito menos se adaptando como afirma esse infeliz!!! Com certeza, ficou sim muito triste, longe de sua mãe, da família que realmente a amparava e amava, e talvez desesperada acreditando talvez que nunca mais veria quem a protegera desde o nascimento... Deus a tenha nas mãos com sua grande misericórdia. Ele mesmo disse: "Deixai vir a mim os pequeninos, deles é o reino dos céus!" Você, monstro insandecido, não mais terá a chance de fazê-la chorar nem de fazê-la entristecer!! Deveria sim ser proibido monstro perverso ter filhos!!! E deveria sim, ser proibido, tirar filhos menores, (de tenra idade, menor de 7 anos), de mães responsáveis. É um verdadeiro absurdo, uma atrocidade sem tamanho, a irresponsabilidade do judiciário em se tratando de crianças indefesas!! É um toma lá, dá cá, como se fossem joguetes nãs mãos de qualquer um. E o psicológico desses menores, onde fica??? Na casa de quem mal avaliou é que não é!!! IRRESPONSÁVEIS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  5. Nossa, o pai desconhecia que tomava remédios e agora tem provas que tomava. Sabia ou não??? André cuidado, mentira tem pernas curtas!!! Ah a menina estava feliz! mas tinha terror noturno???? Estava feliz, ou aterrorizada????A menina estava bem, mas aos 5 anos de idade precisava usar fraldas?? E o pai zeloso não achou estranho isso? Preferiu colocar fraldas e amarrar a criança??? Porque se ela estava doente não ficou em casa cuidando ja que queria tanto ficar com a filha????E a juíza???? Vai para cadeia ou naõ??? Também a coitadinha não sabia de nada! Será que já descobriu?

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  6. isso não é pai é um demônio!!!desgraçado infeliz!!!!

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  7. Não é Nardoni mesmo! infeliz ainda quer se comparar!!! É bem pior...Nardoni esta pagando pelo crime que cometeu!
    desgraçado, porque naoo o pegam e jogam em praça publica pro povo "lutar" por ele ate o fim, assim como ele fez pela "filha" (em momento nenhum esse monstro desgraçado pode ser chamado de pai)!!!
    JUSTIÇAAAA JÁÁÁÁÁÁÁ!!!
    Dianne

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