segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mãe de Joanna diz em audiência que relação da filha com a família do pai era ruim

Justiça ouve 12 testemunhas de acusação contra pai da garota



A primeira testemunha que prestou depoimento na audiência do caso da morte da menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, a médica Cristiane Marcenal Ferraz, mãe da garota, falou por aproximadamente duas horas. Ela se emocionou ao contar que a relação da menina com a família do pai era ruim. Antes do início do depoimento, ela pediu que os acusados André Rodrigues Marins, pai da menina e se ex-marido, e a outra acusada Vanessa Maia fossem retirados da sala de audiência

Cristiane deixou claro em seu depoimento que a relação de Joanna com o pai e com Vanessa não era tranquila. Ela disse que Marins nem mesmo queria a criança, entretanto o registro da filha foi feito mesmo sem o pedido da mãe.

No testemunho, Cristiane contou que a criança era prejudicada pela presença de Marins. Em 2007 foi registrado o primeiro sinal de maus tratos, quando a criança na volta para casa após passar o dia com pai chegou com as roupas rasgadas e com hematomas pelo corpo.
A médica contou ao juiz ainda que com o passar dos anos, Joanna começou a contar o porquê de não querer visitar o pai. A alegação da criança era que Marins batia e gritava, e que era obrigada pela madrasta a tomar banho frio. 
Contra Marins e Vanessa existem registros de ocorrências que mostram que eles possuíam uma relação conturbada, em casos de agressões entre ambos.
O pai da garota e Vanessa foram denunciados em outubro do ano passado, pelo Ministério Público por tortura e homicídio.
Serão ouvidas de dez a 12 testemunhas nesta segunda. O advogado de defesa disse que nem todas as pessoas foram intimadas, portanto há brecha para um adiamento. De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, isso não deve acontecer porque as testemunhas já estão no local. 
Guarda da criança
A alegação da juíza para guarda ser dada para o pai foi um laudo psicológico, em que constava alienação parental por parte da mãe.

Contra Marins existe um histórico de registros de ocorrências policiais, no qual constam agressões, invasões de domicilio, entre outras.

Para Cristiane a guarda foi dada ao pai porque Marins é advogado e possui parentes que trabalham na Justiça.


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