terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ela entregou a filha viva e a recebeu morta e o senhor nunca falou com ela. Porquê?

São tantas perguntas a serem feitas para André Marins, mas para quase todas eu já imagino as respostas,  permeadas com mentiras, distorções, ensaios de vitimização, argumentos falsos.

Mas há uma, entre várias, que martela em minha cabeça.

Fico pensando a que ponto chegará a ousadia e o cinismo de André, em sua "resposta".

Ela já foi feita a outro pai, assassino da própria filha.

Impossível não lembrar e comparar, quando o promotor Cembranelli, durante o julgamento do casal Nardoni, pergunta para Alexandre, pai de Isabella:

“Ninguém falou com Ana Carolina de Oliveira? Ela entregou a filha viva e a recebeu morta e o senhor nunca falou com ela. Porquê?”


Eu fico a imaginar o que vai responder André, quando for perguntado:

"O senhor não chamou a mãe de Joanna, que era médica, nem mesmo quando sua filha teve morte cerebral declarada. Ela entregou a filha saudável, linda, bem cuidada, e a recebeu em coma, com diversos ferimentos. O senhor nunca falou com ela. Porquê?"

O que vai responder André, que possa sustentar o absurdo dele sequer ter avisado a mãe, nem ter pedido informações, qualquer ajuda para salvar Joanna?

Como André vai encenar este episódio onde ele terá de convencer que seu objetivo não era matar Joanna?

Como André vai negar que havia um plano cruel e ardiloso para eliminar Joanna, e que sua mãe era um obstáculo a ser evitado?

Afinal, não há outro motivo para ter escondido o estado deplorável da filha, mantida amarrada, deitada sobre fezes e urina. Ainda, segundo ele, convulsionando, chegando a ficar 24 horas desacordada em seu apartamento.  

Como é que André vai explicar "Porque" não chamou a mãe de Joanna, ou pelo menos o pediatra que cuidou dela a vida toda???

Diante do Júri popular, entre tantos atos incompreensíveis, ele terá que explicar porque permitiu que a madrasta levasse Joanna ao hospital, dando nome da irmã, escondendo a identidade da menina, sem ao menos comunicar a própria mãe, nem mesmo depois quando Joanna entrou em coma.

Foi necessário que uma amiga do trabalho de André se revoltasse e avisasse para Cristiane...

Novamente a indignação bate forte.

Nesse momento as indagações se multiplicam, são muitas, impossíveis de se aceitar qualquer desculpa esfarrapada. 

Mas aquela pergunta segue entalada na garganta, fixa em minha mente.
“Porquê você não procurou a mãe? “

E o que mais machuca é saber a verdadeira resposta mas não poder aceitá-la...pela sua crueldade.

Um comentário:

  1. Ora aí está uma grande verdade.

    Ontem vi um filme À PROCURA DA FELICIDADE com Will Smith no papel de Chris Gardner (para infelicidade tem o mesmo apelido que o senhor que inventou essa de alienação parental), um pai que se vê na rua com o filho de 5 anos, dormindo aqui e ali, sem condições, e que não se lembra de pedir`à mãe da criança que se ocupe do filho (também era filho dela) enquanto se encontrava nessa situação.

    Estou a seguir este caso e outros no meu blog EM DEFESA DOS DIREITOS DA MÃE HUMANA E DA SUA CRIA (SUBJUGADOS A VÁRIAS FORMAS DE PODER) em

    http://srevoredo.blogspot.com

    Na página do blog, logo no princípio à direita, tenho algumas petições, e mais abaixo uma sondagem:

    Já foste injustamente acusado(a) de alienar os teus filhos do outro progenitor?

    Já sete pessoas votaram. Aguardo outros casos.

    Um abraço.

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