terça-feira, 16 de novembro de 2010

Justiça nega liberdade a pediatra acusada de contratar falso médico


Ex-pediatra do Rio Mar teria contratado estudante para atuar como médico.
Falso médico atendeu a menina Joanna, de 5 anos, vítima de meningite.


A Justiça do Rio negou novamente nesta terça (16) o pedido de revogação da prisão preventiva da pediatra Sarita Fernandes Pereira, presa acusada de contratar um estudante de medicina para atuar como médico no Hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca, an Zona Oeste. Sarita está presa desde o dia 14 de agosto, em Bangu 8.
O falso médico atendeu e liberou desacordada a menina Joanna Marcenal, de 5 anos. A criança morreu em agosto, após ficar quase um mês em coma. Joanna morreu em decorrência de uma meningite contraída do vírus da herpes.
Em outro processo, o pai e a madrasta da menina são acusados pelo Ministério Público por tortura com dolo direto e homicídio qualificado por meio cruel. Os dois negam os crimes. O pai de Joanna, o técnico judiciário André Marins, está preso desde o dia 25 de outubro após a Justiça aceitar a denúncia do MP. A madrasta da menina, Vanessa Maia, também foi denunciada pelo MP, mas teve o pedido de prisão indeferido pelo juiz.
A pediatra Sarita era aguardada para prestar depoimento nesta terça-feira (16) na segunda Audiência de Instrução e Julgamento (AIJ), no Tribunal de Justiça do Rio. No entanto, a defesa da pediatra considera imprenscindível ouvir antes o médico André Lins de Almeida, que teve o registro profissional usado pelo estudante de medicina.
Depoimentos
Para esta sessão foram arroladas 23 testemunhas de defesa, mas os advogados de Sarita escolheram apenas 11 para depor. Uma testemunha de acusação, o delegado responsável pelo caso, Luiz Henrique Marques Pereira, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcvav) também foi ouvido.
André faltou pela segunda vez a audiência. Desta vez, ele não teria sido citado. O médico também tinha sido arrolado pelo Ministério Público como testemunha de acusação, mas acabou sendo liberado pelos promotores.
O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, do 3º Tribunal do Júri do Rio, marcou para 6 de dezembro a próxima audiência do caso. Nesta sessão, ele pretende ouvir a pediatra Sarita e o médico André. A Justiça quer entender se os dois se conheciam de outro hospital e como o registro de André teria parado nas mãos do estudante.
Mãe diz que avô sabia de tudoPara a mãe de Joanna, Cristiane Cardoso Marcenal, os depoimentos da defesa serviram para reafirmar que o pai da criança, o técnico judiciário André Marins, alegava diferentes versões da suposta doença da filha para os médicos. Cristiane disse que alguns médicos também relataram que o pai de André esteve nos hospitais acompanhando o tratamento da neta.
"Os depoimentos dos médicos disseram coisas diferentes. Alguns alegaram que o André falou que a Joanna tomava remédios controlados, para outros ele deu uma versão diferente. E outra coisa que eu já suspeitava, mas agora tive certeza, é que o avô também sabia de tudo que estava acontecendo com a minha filha e não me avisou", afirmou a mãe.
Ela foi à audiência acompanhada do marido Ricardo Ferraz à audiência. Ela não foi ouvida pelo juiz, mas explicou que quis acompanhar os depoimentos para tentar entender quem foi o responsável pela morte de Joanna.
O delegado responsável pelas investigações do caso, Luiz Henrique Marques Pereira, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), foi o primeiro a ser ouvido. Ele voltou a afirmar que o falso médico alegou à polícia que foi contratado pela pediatra, e que teria sido orientado por ela a deixar o país após o caso ganhar repercussão. O falso médico, que era estudante de medicina, continua foragido desde 10 de setembro, quando sua prisão foi decretada.
“Desde que a prisão dele foi decretada estamos em busca dele e continuamos checando todas as informações que recebemos”, disse o delegado ao deixar a sala de audiência nesta terça.
Médica é acusada por homicídio
O Tribunal de Justiça explica que, dentre outros crimes, a pediatra Sarita Fernandes Pereira é acusada de homicídio doloso na forma omissiva, e o falso médico por exercício ilegal da medicina com resultado da morte da menina Joanna.
Na audiência de 26 de outubro, a promotora Carmen Elisa Bastos de Carvalho informou que um oficial justiça seria designado para entregar a intimação na casa do falso médico e, caso ele não fosse encontrado, poderia ser julgado à revelia.






3 comentários:

  1. É incrível a cara de pau dessa pediatra em pedir relaxamento de prisão. Ela fez uma BURRADA, orientou o falso médico e ainda quer ficar solta??? Tá brincando com a sociedade né não???? Fala sério?? Espero que não role corporativismo no CRM.

    ResponderExcluir
  2. O CRM tem o dever e obrigação de ser uma instituição SÉRIA, caso contrário seria melhor o povo correr para o aeroporto e mudar de país... ABSURDO a CARA-DE-PAU dessa falsa médica!!! Merece um falso advogado também!!!

    ResponderExcluir
  3. É a médica está presa... E a juíza, e a psicologa que deu o laudo que o Andre(paizinho) era um sofredor que so queria ter a filhinha com ele, que era tudo de bom.... Hem? E a Juíza que disse que a mãe era mentirosa, que o pai deveria ficar com a Joanna... Essa não precisa ser presa? Essa é inocente???? Só porque tem título e é juíza não precisa responder pelos seus atos? Até quando o Brasil vai permitir isso! Juiz quando erra é aposentado! Cadeia é para o cidadão comum! Vamos começar uma campanha para botar essa juíza na cadeia!

    ResponderExcluir