Ana Campelo escreve para um jornal de bairro e como morou alguns anos na Califórnia escreve, também, para The Brazilian Pacific Times (Los Angeles). Tem nos ajudado muito no caso Joanna e nesse artigo pede justiça e assinatura na petição entre outras mazelas do nosso estado/município.
As águas rolam ladeira abaixo em sintonia com um festival de inconsequências, num país onde a pobreza se tornou virtude. Quanto maior o número de pobres que buscam o amparo do governo assistencialista, mais a pobreza toma destaque na mídia e na vontade acomodada da classe.Lá me custa a entender como um povo pode considerar a pobreza como vantagem, embora tire vantagens dela.O incentivo da pobreza empobrece a cultura, a educação e a formação de um povo. Consideravelmente os políticos são pagos e muito bem, para conduzir tolos e para isto não há trabalho, tem-se diversão.Em décadas passadas a classe média, formada de grupos que enfatizavam novas buscas de se elegerem fazedores , procurando se formar em faculdades, se profissionalizando, hoje, estão expostos a pagarem tributos tanto quanto os ricos, só que, com uma posição em trabalho abaixo da sua formação.Pensam:"melhor seria não ter estudado tanto, pois ser pobre se ganha mais e melhor se vive". Triste isso.
O Brasil se tornou o país do faz de conta. O trabalho político não confere mais ao aprimoramento e crescimento sócio-cultural, mas ao amparo social.
Fala-se muito no crescimento econômico. Mas, cadê "ombros" adequados para sustentar isto no futuro? Quem vai dar conta de uma dívida interna acima dos tres trilhões?A economia cresce e a atitude frente a vida se acovarda.
Chegou-me em mãos alguns dados fidedígnos que me preocupam e gostaria de passá-los.Entra em destaque o Rio de Janeiro.Há contrastes gritantes que geram desconfiança e insegurança. Enquanto no Rio a operação asfalto liso , que diga-se de passagem somente feita nas vias principais, enquanto as transversais os buracos soltam aos olhos,em contrapartida, as sinalizações apresentam defeitos aumentando o número de acidentes.
Os bombeiros cariocas reinvidicam salários justificavelmente mais dignos, enquanto o governador do Rio se preocupa com a campanha da liberação da parada gay. Ser gay é uma preferência pessoal, com direito a total respeito do próximo,mas não é para ser elevado a categoria de preocupação estadual diante de tantas mazelas a serem resolvidas nos setores da saúde, transporte, trabalho , educação e habitação, bem como segurança.
Enquanto o salário mínimo é de R$540, o mega, hiper e super salário dos políticos causa inveja a qualquer marajá.
Aos hospitais faltam de tudo e vem o governo inaugurar UPAS e clínicas da previdência e, praticamente, estes tres espaços estão com deficiências em seus quadros.Quem olha por fora aplaude, mas entra lá e necessite de um serviço médico-hospitalar. Chega ser patético.Isso é voto de cabresto, pois enquanto estes elefantes brancos não funcionam, a prefeitura libera R$5 milhões para o show do Paul MacCartney.
Mais de 1 bilhão está sendo gasto para reparos no Maracanã, o que daria para fazer 3 Engenhões. O preço dos ingressos para os jogos triplicarão. O povão terá para pagar?Acho que voltará a moda dos vídeos tapes, logo seguido ao término dos jogos.
Querem ver mais uma coisa inconstitucional? Paga-se até os dias de hoje pedágio da Linha Amarela.A Lei proíbe pagamento de pedágio dentro do mesmo município, mas continua a cobrança e carioca não reivindica seus direitos. Como diz o Faustão:"É loco meu!"
Enquanto isso a Cidade das Crianças está abandonada e a prefeitura está jogando fora um grande investimento público cultural. É lamentável.
Agora, estamos nas bocas das eleições de 2012 e sai mais 2 bolsas na prefeitura do Rio: Bolsa Municipal e a Nota Carioca.Quiçá o populismo não seja o lado forte dos cariocas.
Para que serve o Conselho de Ética? Há 1 ano o caso Joanna Marcenal se arrasta (menina que foi deixada em uma UTI por seu pai e madrasta em morte encefálica clínica, que foi encontrada pela mãe Cristiane neste estado). André Rodrigues Marins e madrasta Vanessa Maia Furtado andam soltos apesar de serem considerados culpados, com provas cabíveis, culpados de torturarem a menina Joanna até a morte. E por quê estão soltos? Porque são trabalhadores do Tribunal Regional e PASMEM,ainda estão na ativa. Possuem amigos "costas quentes" que se mostram acima da justiça e os encobertam.Isso é coorporativismo. Cadê a Lei? A Procuradoria Regional ANAIVA ORBERST ( protetora dos animais) está funcionando melhor.Pelo andar da carruagem o judiciário tem que prestar conta desta barabárie, pelo fato deste pai e madrasta não estarem encarcerados até então, tendo provas contra eles. Os Nardonis não estão pagando ? Faço votos que, em qualquer parte do mundo que esta matéria consiga chegar, sendo transladada para qualquer idioma,possam, em nome da Justiça Divina, os leitores assinarem a petição em que solicita a prisão destes dois enfermos que fizeram tal crueldade com esta criança. Entrem no:"casojoannmarcenal.
O Rio está uma bagunça e o prefeito quer ser reeleito. As ruas do Ouvidor e Gonçalves Dias estão em comoção. Os ambulantes tomam conta das ruas. Embora necessitem trabalhar, mas para isto necessita-se de critérios a serem respondidos.
E quanto aos esgotos? Cheira mal. Não existe um bairro que não esteja sofrendo.A Cedae não mais dá conta. A manutenção não funciona mais.O Rio necessita de um enorme investimento nesta área. Quem vai se prontificar?
E quanto aos operários da prefeitura? Eles correm risco de vida pelas ruas.Falta cuidados básicos, inclusive cintos de segurança( básico dos básicos).Vai entender! É PAES ou GUERRA?
Já se deram conta que os tampões dos bueiros de rua ficam mais fundos que o asfalto? Os carros passam e caem no buraco. Resultado: pneu furado ou eixo da roda partido.Fica difícil não denunciar o que se vive, logo, não quero esculhambar com o Rio. Quero que olhem para ele de verdade.
Olhem só o sistema de iluminação: paga-se a luz pública de uns tempos para cá e existem 22.500 pontos de luz apagados. O bairro do Meier e adjacentes vem sofrendo horrores com isso, mesmo com a taxa de iluminação paga. Em suma: paga-se o que não se tem.
Querem mais uma prova do abandono do Rio? Visitem a Quinta da Boa Vista. Está míope.
E agora? O que fazemos com isso e tudo o mais que não coube ser dito aqui? Deixe-me lembrar à vocês: "e as águas vão rolar, chuá,chuá; e as águas vão correr, chuê,chuê...parece que a vida tá cheia de graça, num rio que escalda e tudo que rola não é nada pra valer. Fazê o QUÊ???
Carinho procês
Ana Campelo
Psicóloga e escritora
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