quinta-feira, 16 de junho de 2011

DE UM POVO HERÓICO O BRADO RETUMBANTE!!!!!!!





ENTREVISTA COLETIVA DADA POR ANDRÉ MARINS EM 07/10/2010









OBS: o papel timbrado do Ministério Público nos ensina que este documento faz parte do processo criminal.








ENTREVISTA CONCEDIDA AO FANTÁSTICO PELA BABÁ QUE PRESENCIOU A CENA DE TORTURA.


Nossos repórteres localizam a empregada doméstica que testemunhou os últimos dias de vida de Joanna, a menina que morreu misteriosamente no Rio de Janeiro.

“Quando ele mostrou (a menina), eu levei um susto. A menina estava no chão, em um tapetinho, com as mãozinhas e os pezinhos envolvidos com fita adesiva. Ela não podia se mexer. Ela só gemia”, conta a doméstica.

“Ela ficava falando: ‘hum hum hum’. Aí eu perguntei para ele(pai): 'mas o que é isso?'. Aí ele disse: 'não se assusta, porque ela teve muita convulsão essa noite.Eu tive que chamar o médico, e o médico me autorizou a fazer isso para que ela não viesse a se machucar, porque se ela ficar com as mãos soltas ela vai se machucar'”, relata a doméstica.

“Joanna estava suja de xixi e cocô. Estava no chão, no tapete. Estava deitada em cima do xixi. Eu pedi para limpá-la, mas ele(pai)falou que eu não mexesse nela porque ele retornaria e cuidaria dela”, afirma.

“Ela tinha hematomas, pelo lado do tórax. A pele ficava vermelha, meio arroxeada, como se tivesse apertado alguma coisa assim”, ressalta a doméstica.

O que a doméstica conta, horrorizada, ela viu quando trabalhou na casa de André Marins, o pai de Joanna, de 5 anos. Joanna morreu no dia 13 de agosto. Uma morte cercada de brigas na Justiça e acusações.

Até o absurdo de uma menina de 5 anos ser atendida por um falso médico, Alexander de Araújo
Silva, que se encontra foragido. Uma história que desafia a polícia.

Vamos entender o caso: Joanna nunca morou com o pai. Ela nasceu de um namoro rápido entre a médica Cristiane Ferraz e o funcionário público André Marins. Eles sempre brigaram por causa da menina.

Em maio deste ano, André ganhou a guarda provisória de Joanna por 90 dias porque a Justiça aceitou o argumento do pai de que, há dois anos, ele era impedido de ver a filha.

“Eu nunca impedi o pai de ver a filha. Ele nunca nem ligou para saber dela”, afirma a mãe da menina.

Joanna veio morar com o pai, a madrasta e dois irmãos. E saiu de lá para o hospital misteriosamente em estado muito grave.

“Ele foi incapaz de ficar os 90 dias que a juíza deu para ele.Com 50 dias, ele me entregou a menina morta. Eu não me conformo com isso. Agora eu vou viver o resto da minha vida sem a minha filha”, desabafa a mãe.

Afinal, o que aconteceu com Joanna enquanto ela esteve sob os cuidados do pai? A empregada, que prefere não se identificar, é uma importante testemunha para ajudar a esclarecer o caso.

“Se ela estava sendo maltratada, eu não vi. Mas sim, ela estava muito doente. O jeitinho triste, gemendo muito, com hematomas. O olhinho fechado, inchado. Então, para mim, isso não são bons tratos”, garante a doméstica.

“Ela estava sofrendo. Pelo pouco que eu vi, estava sofrendo. Naquele dia eu cheguei em casa, chorei muito, meus filhos não queriam que eu voltasse. Era triste, de chegar chorando em casa. Eu estou chorando até hoje ', lembra.

“Isso foi em uma sexta-feira. Quando voltei na segunda, ela já estava no hospital em coma”, conta a doméstica.

Quando a mãe, que estava proibida de manter contato com a filha, foi chamada, o estado de Joanna já era praticamente irreversível. E ela percebeu que a menina estava toda machucada.

“Eu encontrei no corpo dela um corte no pé direito profundo, uma queimadura na clavícula, uma queimadura horrorosa no bumbum. E hematomas no corpo inteiro”, revela a mãe da menina.
Segundo o pai, os ferimentos foram causados pelas convulsões que Joanna sofreu enquanto estava doente na casa dele.

“Quando eu vi aquilo eu falei:’de novo eles bateram na minha filha’”, afirma a mãe.

Três anos atrás, Cristiane denunciou André na polícia por maus tratos. Ela afirma que a filha voltou da casa do pai com hematomas. O pai nega até hoje que tenha batido na criança e diz que Joanna caiu no banheiro.

“Ela não queria ir com ele porque ela falava que ele era mau. Ela falava: ‘ele bate em mim, me dá banho frio, eu não gosto dele’”, afirma.

André tem várias passagens pela polícia, a primeira e a atual esposa registraram queixa contra ele por agressão física. Em outra ocorrência, ele é a vítima. Sua atual esposa, Vanessa, quebrou uma cadeira na cabeça dele. Motivo? Ela não queria que André fizesse uma festa de aniversário para Joanna.

Segundo a empregada doméstica, testemunha do caso, a madrasta mentiu sobre a condição de Joanna no momento da contratação dela.

“Quando a Dona Vanessa me contratou, falou que a casa estava muito suja, com muita roupa para lavar, devido ter três crianças, com uma que era especial. Eu calculei que a menina fosse cadeirante ou tivesse algum problema físico. Quando a desamarraram,eu vi que ela ficou de pé, normal. Eu falei: ‘ué, mas ela não é especial, ela está doente”, ressalta.

Afinal, qual foi a causa da morte de Joanna? Na semana passada foi divulgado que teria sido meningite viral. Mas o laudo definitivo, com a causa da morte e dos ferimentos encontrados no corpo de Joanna quando ela foi internada, está previsto para sair nos próximos dias.

O Fantástico tentou falar várias vezes com André Marins através do seu advogado, por telefone e até pessoalmente. Em nenhuma das tentativas a equipe foi atendida.

“O que eu tenho que fazer agora é só chorar a desgraça de ter perdido a minha filha. É só o que eu faço o tempo inteiro. Eu volto para casa e olho o quarto sem cama e continuo chorando. Eu acordo todos os dias chorando”, revela a mãe de Joanna.

Psicóloga que atendeu menina Joanna nega ter pedido para que pai amarrasse a menina



O pai da menina Joanna, André Rodrigues Marins, falou pela primeira vez sobre a morte da filha. Apesar de o laudo afirmar que ela morreu em decorrência de uma meningite viral, a mãe da criança o acusa de ter maltratado a filha. André Marins negou as acusações, mas confirmou que amarrou as mãos da menina com fita crepe, como contou a babá em entrevista ao Fantástico, no último domingo.

Ana Maria conversou por telefone com a psicóloga Lilian Araújo, que foi contratada pelo pai da Joanna no dia 2 de junho. A última vez que ela atendeu a menina foi dia 16 de julho, três dias antes de ela ser internada. Logo no início da conversa, a psicóloga negou que tenha dito ao pai da menina para que amarrasse a filha.“Ele comentou que ela estava se machucando, se ferindo à noite. Ele disse que ela se feria e perguntou se poderia colocar uma luvinha nela. Eu falei que poderia colocar, mas nunca amarrar a criança. Isso não foi orientado em momento algum”, afirmou.

A psicóloga contou que, no início do tratamento, a menina aparentava estar bem. “Quando conversei com a Joanna ela estava bem. Não estava magra. Esses três primeiros atendimentos foram para criar um vínculo com ela, para que ela me conhecesse. Nos dois últimos ela já estava bem debilitada, machucada. Eles me chamaram para ir a casa dela. Ela só queria colo e pedia que eu desse carinho nela”, contou.

De acordo com ela, em momento algum Joanna revelou se tinha sido vítima de maus tratos. No entanto, Lilian revelou que ela estava abatida. “Ela realmente se demonstrava triste, acho que até por causa da separação abrupta da mãe e da separação dos pais. Mas em momento algum ela verbalizou o que houve”, falou a psicóloga.

Mais Você esteve com a mãe da menina, Cristiane Marcenal. Aos pratos, ela leu o laudo do Instituto Médico Legal. “Foi requinte de crueldade, coisa de campo nazista. Ela nunca poderia ter se machucado daquela forma, sem que alguém tivesse feito aquilo. Ela morreu sem receber socorro! Eu confio na Justiça para me dizer o que houve”, disse, aos prantos.
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