quarta-feira, 30 de março de 2011

'Não tenho medo de andar na rua', diz André Marins, pai da menina Joanna Marcenal

RIO - Depois quatro meses na cadeia, suspeito de maus-tratos contra a própria filha, Joanna Marcenal, de 5 anos, que morreu em agosto do ano passado , o técnico judiciário André Marins afirmou ao GLOBO que não há a menor possibilidade de fazer algo contra a sua ex-mulher, Cristiane Marins, mãe da menina, que o acusa de ser o responsável pela morte da criança. Ele se recusou a falar sobre o tempo atrás das grades e, a respeito da repercussão em torno da morte de Joanna, garantiu: 'Não tenho medo de andar na rua'.
- Há uma diferença grande entre clamor popular e estardalhaço da mídia. No meu caso, sem dúvida alguma, o que ocorreu foi estardalhaço da mídia. No Brasil, os meios de comunicação são livres e podem publicar o que bem entendem, por isso sofri tantas acusações injustas. Mas não tenho medo de andar na rua. Já retomei minha rotina, fui buscar minhas filhas nas escola hoje e amanhã mesmo vou andar de transporte público. Meus companheiros de trabalho e vizinhos estão me recebendo superbem. Estavam todos com saudade de mim.
Logo após a divulgação da sentença que libertou André, Cristiane afirmou temer que o ex-marido fizesse algo contra ela e disse que planejava contratar seguranças. Perguntado sobre a declaração de Cristiane, André fez um pedido:
- Só quero que você publique uma coisa. Bote na matéria isso que vou lhe falar: não sinto absolutamente nenhuma raiva da Cristiane e de ninguém da família dela. Eu tenho um carinho e um amor muito grandes por ela e pelo marido dela em Cristo. Eu os amo no amor de Cristo. Desejo tudo de bom para eles e torço para que, assim como eu, possam retomar a vida, ter outros filhos e consigam superar essa dor. Não sinto qualquer necessidade de revanchismo.
Apesar de prometer manter-se distante da ex-mulher, André considera que, além da imprensa, apenas Cristiane fomenta a opinião pública contra ele. Ainda assim, contou que não dará atenção a "coisas negativas" e que já começou a reconstruir a rotina, após os quatro meses de reclusão.
- Foi muito duro, não quero falar sobre isso (os quatro meses de reclusão). Estou acordando de um pesadelo, de muito sofrimento. Esse tempo que passei lá (na cadeia) me fez rever muitas posições, muitos valores, por isso digo que não sinto nada da ruim pela Cristiane e não consigo entender por que ela tem esse sentimento ruim por mim. Ela deveria tirar esse rancor do coração.
Joanna deu entrada no CTI do Hospital Amiu, em Botafogo, em julho, depois de passar por dois hospitais em Jacarepaguá e na Barra da Tijuca, onde foi atendida por uma falso médico. Além de ter sofrido várias convulsões, a menina de 5 anos apresentava hematomas nas pernas e sinais, aparentemente, de queimaduras nas nádegas e no tórax. Na ocasião, Cristiane passou a acusar André, que tinha a guarda de Joanna na época, de maus-tratos. Ele nega e atribui os ferimentos a sucessivas crises de convulsão. O laudo do IML apontou que Joanna morreu de meningite.
Até hoje, André nega que tenha agredido a filha. Em outubro do ano passado, ele concedeu uma entrevista coletiva em que admitiu já ter amarrado Joanna a uma cama, utilizando uma fita crepe, durante uma crise convulsiva da criança. Argumentou, no entanto, que seguiu orientações médicas e que mantê-la atada tinha como objetivo evitar que ela se machucasse enquanto se debatia.
- O que me tranquiliza e me conforta é ter a certeza de que fiz tudo, tudo, tudo que foi possível pela vida da minha filha. Graças a Deus fui posto em liberdade. Sempre disse que confio na Justiça e vou continuar confiando.

12 comentários:

  1. Estou indignada! Que absurdo! E querem que o país melhore, desta forma????
    É cada um por si mesmo. Vence os espertos.
    De que adianta andarmos direito. O que vou ensinar a meus filhos?
    Se nesta terra vc pode fazer o que bem quer fi ca impune.
    Ah André, pena a Joanninha ter morrido neste país. Se fosse em QUALQUER outro...duvido que vc estaria na rua.

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  2. "Ela deveria tirar esse rancor do coração" . MEU DEUS !!! Para tudo neste mundo deve haver limites. Até para o cinismo deveria haver... Se as pessoas de bem também não tivessem esses limites (como as do mal, não tem), puniriam tais criaturas cruéis, infames, desavergonhadas com punições ILIMITADAS não é ? Para alívio deles, não nos comparamos a estes vermes.
    Só Deus viu ?

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  3. Ah! tá. É uma lástima. Depois de que você conseguiu que a Justiça(!!!???) arrancasse de uma mãe a sua filha de cinco anos, que só lhe foi devolvida numa UTI, e veio a morrer, você queria o que? Que ela lhe estendesse o tapete vermelho para você e para sua consorte?

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  4. Como se tira do coração o rancor de alguém que torturou e matou uma filha nossa?
    Quem precisa ter medo somos nós, pessoas de bem!
    Safado!

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  5. Agora Doutora Cristiane é preciso que a senhora encabece um movimento também para que se acabe com a tal de alienação parental, pois a meu ver, os critérios para determiná-la não são objetivos, mas subjetivos. Ou seja, se pega uma palavrinha aqui, outra ali, outra acolá de uma criança, uma perguntinha maldosa da psicóloga ou da assistente social que perguntam de modo a determinar a resposta da criança e decretam que houve alienação parental. Para mim é necessário que esta fique insofismavelmente demonstrada. Na verdade deveriam negar essa tese toda vez que um homem ao se inteirar da gravidez da namorada, saltasse fora e a deixasse só com a criança. Quem fosse capaz de uma coisa dessas jamais poderia acusar a mãe de seu(ua) filho(a)por alienação parental, mesmo porque ao não aceitar a gravidez da namorada ele já se alienou voluntáriamente.
    Outra coisa, tinham de dar competência para a Justiça de outro Estado, quando se tratasse de serventuário de justiça, assim evitar-se-ia o corporativismo.
    Tenho certeza que muitas mães estão sentindo o mesmo drama, como a mãe da Isabela Nardoni. A senhora já entrou em contato com ela? Se vocês formassem um grupo de mães para mudar essa lei esdrúxula, eu acho que já seria um caminho para se fazer justiça e não permitir que Joanna seja esquecida.

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  6. As pessoas precisam experimentar o poder de Deus. Se dizem filhos e servos de Deus, mas não acreditam na justiça de Deus, na oniciência dele.
    Se o pai fosse culpado, jamais Deus deixaria que ele fosse inocentado. Mesmo que ele fosse filho do presidente da república, se Deus soubesse ele culpado, jamais permitiria ele ser inocentado.
    Se ele saiu, foi por permissão de Deus.
    Ou confiamos ou não confiamos em Deus.
    A mãe de Joanna precisa procurar as pessoas que estiveram com a filha pra saber o que realmente aconteceu... acabar com essa história.
    Ela precisa deixar Deus agir na sua vida.
    Quando as forças humanas não podem nos levar a determinados lugares, Deus pode.
    Ela pode sim, saber da realidade... do que aconteceu e deixar Deus curar seu coração, sua vida, lhe dar um futuro de promessas. Basta ela querer.
    Acredito, que se o pai saiu, foi por permissão de Deus.
    Deus não se deixa escarnecer.
    Deus não é filho do homem para que minta.
    Deus tudo vê.

    Abraços.
    Confiem mais em Deus.

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  7. Pois deveria ter vergonha!!!

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  8. Parabéns ao ao colega acima pela assertiva de suas palavras!!! Concordo com tudo que ele, João Paulo, sábiamente disse... Mostrou saídas decentes, objetivas e bastante claras para que se acabe esse JOGO de tramóias a deturpar a veracidade dos fatos sobre alienação parental, que deixam em risco a vida de crianças inocentes. O que nos resta agora é a decência e bom caráter de alguns para colocar em prática o que ele bem colocou.

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  9. Vim aqui compartilhar meu sentimento de indignação! Somos livres para manifestar nossa opinião e eu acredito que ele tenha culpa pela morte de Joanna. Sou advogada. Preciso e quero acreditar na justiça, mas tem horas que o formalismo processual me dá ânsias! Que seja feita Justiça!

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  10. Cristiane. é natural que os envolvidos estão em desespero. Nós percebemos. O Brasil percebe. Ele não está satisfeito em ter destruido a vida de sua filhinha, a sua vida, de ter causada indignação nacional, ele quer mais. Ninguem consegue entender a mente desta familia. Que pena existirem familias inteiras que são doentes. Que Deus os ajude a se arrepender e se entregarem a Justiça para ficarem em paz.

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  11. VERGONHA... REVOLTA... INDIGNAÇÃO.
    Nada mais tenho a declarar sobre o assunto.
    Com muita tristeza no coração, eu venho acompanhando o blog. E não consigo parar de pensar nessa mãe que já sofreu tanto.
    Que nunca mais conseguirá fechar os olhos para se deitar sem sentir aquele aperto de saudade e de dor no peito.
    Que nunca mais conseguirá dar um Bom dia ao amanhecer sem que os brilhos de seus olhos estejam tristonhos.
    Estamos todos acompanhando essa luta. E de alguma forma, transmitimos força...

    Que Deus esteja sempre com vc e toda a sua família.
    Estamos torcendo, rezando e pedindo por justiça.

    Fique na paz.
    Veronica Sena

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  12. Prezada Ana, VÁ SE CATAR!!!!
    Deus é magnânimo......esse animal do André tem que pagar pelo que fez com Joaninha.....

    Ele está se escondendo atrás de uma bíblia, atr´´as de um Deus que nunca.......Existiu pra ele....que coisa feia.....

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